Quando estava para me formar no ano de 2008, eu enxergava que a melhor maneira para entrar no mercado de trabalho seria através de um programa de trainee. E, após 5 etapas de um processo de seleção rigoroso, eu fui aprovado como um dos 6 trainees de uma empreiteira de médio porte. E eu tive muita sorte…
A empresa nos treinou em todos os setores, conhecemos a fundo o funcionamento da empresa e tínhamos trânsito livre!
Minha primeira obra na empresa foi de infraestrutura urbana. Em seguida emplaquei outras duas obras e, em menos de um ano, a diretoria me passou para engenheiro de planejamento em uma obra de mineração no Estado do Pará. Fiquei lá por 1,5 ano! Depois, fui convidado a cobrir férias do gestor de contrato de uma obra de R$15 milhões e acabei efetivado na função me tornando o Gestor de Contrato mais jovem da empresa, aos 26 anos. Dez meses depois e 90% da obra concluída, fui novamente “convidado” a ser o gerente de produção da obra de um hospital de R$80 milhões.
Eu disse que tive sorte porque a diretora gostava do meu perfil. O motivo não sei explicar… mas todas as obras que passava, eu tinha feedbacks positivos da equipe de obra. Eles confiavam em mim, gostavam da forma que eu passava as rotinas de obra, as orientações de projeto e as reuniões de acompanhamento.
Foi na época da obra do hospital que a história do Pedreirão começou…
Sempre que eu pesquisava sobre algum assunto de obras na internet, eu não encontrava conteúdo de qualidade, era tudo desorganizado e sem referência em normas técnicas.
Para reunir algo de qualidade, eu passava horas e horas na internet fazendo uma pesquisa, e aquilo começou a me incomodar profundamente. Eu me perguntava:
“Como a internet que tinha tudo, de todos os assuntos não tinha nada
(ou pouca coisa) relacionado a engenharia civil, construção e arquitetura?”
Por outro lado, também nessa época que começou a surgir em mim uma vontade de contribuir mais com a engenharia e as obras do Brasil. Eu queria ir além das obras que eu trabalhava, só que não sabia como fazer isso.
No mesmo momento que ficava cheio de vontade de fazer algo além, surgia uma outra “vozinha” dizendo para ficar quieto, focar na obra do Hospital… Eu também via muito futuro na internet, estávamos vivendo o crescimento explosivo do Facebook.
E essas vontades começaram a convergir…
- Eu queria contribuir mais para a engenharia brasileira
- Eu gostava de passar o conhecimento e a melhor técnica
para a equipe das minhas obras
- Eu via muito futuro na internet
Assim, conversando um dia com a minha namorada na época, hoje minha esposa, ela me incentivou a ser o criador desse site que falaria de construção e obra passo a passo com linguagem simples, direta e ilustrativa.
A primeira vista eu relutei, claro! Eu não sabia absolutamente nada de internet e sites! Mas confesso… eu parei para pensar na ideia e fiquei algumas semanas com aquilo na cabeça.
E passei a pesquisar como um louco tudo sobre como criar um site.
Ainda meio perdido, sem uma direção, sem saber se teria a capacidade para ter um site na internet e produzir os conteúdos.
Eu sempre chegava na obra do hospital as 6h50 da manhã e participava do DDS – Diálogo Diário de Segurança – com a equipe. Nesse dia, no meio do DDS eu estava pensando sobre a criação do site, minha cabeça estava a mil, nem prestei atenção no tema abordado. Naquele momento eu tomei uma decisão.
Eu ia sair do DDS, engrenar a obra com o mestre e os encarregados, ver todas as frentes de serviço e quando voltasse para a minha sala, eu iria iniciar a criação do site.
As 9h30 de um dia de setembro de 2011, eu entrei na minha sala determinado, peguei uma folha A3 e iniciei um Brainstorm para definir o nome do futuro site…
Após várias tentativas, eu cheguei no nome Pedreirão | Macetes de Construção. Eu tinha gostado do nome, achei autêntico, ligado a essência de uma obra, mas fiquei preocupado com pronúncia no aumentativo… pensei muito se o nome ia pegar e… Pegou!
Veja a foto do Brainstorm original de criação do Pedreirão: